TIPOS DE NEE TEMPORÁRIAS

· Problemas ligeiros ao nível do desenvolvimento das funções superiores: desenvolvimento motor, linguístico, perceptivo e socioemocional.

· Problemas ligeiros relacionados com a aprendizagem da leitura, escrita e cálculo.

TIPOS DE NEE PERMANENTES

· Deficiência Mentalfuncionamento intelectual muito abaixo da média, que ocorreu durante o período de desenvolvimento. As crianças com esta deficiência apresentam problemas cognitivos que se manifestam em problemas na aprendizagem, aptidões sociais e comportamento adaptativo.

· Dificuldades de Aprendizagemperturbações dos processos psicológicos básicos que envolvem a compreensão e a utilização da linguagem falada e a escrita e que se podem manifestar por uma aptidão imperfeita de ler, escrever, escutar, fazer cálculos soletrar e pensar. Geralmente são as crianças com deficiências perceptivas, lesão cerebral, dislexia, disfunção cerebral mínima e afasia de desenvolvimento.

· Perturbações Emocionais – provocam na criança comportamentos desapropriados que causam disfunção dos ambientes onde interagem; são inseguras e não conseguem superar a tristeza nem são capazes de enfrentar situações mais complexas.

· Problemas de Comunicação – é a gaguez (que é muito frequente) e a articulação de voz ou de linguagem. As crianças que tem dificuldades de produção, recepção, produção e compreensão de mensagens. Deixa a criança complexada/inseguro, tendo vergonha de se exprimir em público ou relacionar com os outros com medo de ser julgado negativamente.

· Problemas Motores – perda de capacidades motoras, afectando a postura e/ou movimento devido a uma lesão congénita ou adquirida nas estruturas do sistema nervoso. Apesar de ter uma incapacidade motora, não deixam de ter aptidões sensoriais, cognitivas e processo lógicas.

· Deficiência Auditiva – impede ou dificulta a criança de processar a fala através do ouvido e que para comunicar necessita da ajuda de um aparelho auditivo no caso parcial mas quando há uma perda total a criança comunica através dos gestos.

· Outros problemas de saúde – são várias as doenças como a diabetes, a asma, a leucemia, a sida, entre outras, que dificultam a integração escolar visto que necessitam de cuidados extremos.

· Cegos - Surdos – é uma incapacidade total visual e auditiva que provocam problemas graves de comunicação como também causam problemas de desenvolvimento e educacionais severos, que necessitam de uma atenção específica.

· Multideficiência - Orelove e Sobsey (1991:1) dizem - nos que são “indivíduos com deficiência mental severa ou profunda e com uma ou mais deficiências sensoriais ou motoras e/ou necessidades de saúde especiais”. Dada a interacção entre as suas dificuldades e necessidades representam um enorme desafio em termos educativos.

· Dotados e Sobredotados - O conceito de dotado e sobredotado é complexo e pouco definido e que cobre uma grande variedade de características e capacidades. Por vezes essas características podem causar dificuldades na comunicação das crianças sobredotadas com os grupos de pares e até com os adultos. As crianças sobredotadas, sentem-se diferentes das outras e têm dificuldade em encontrar pessoas com quem se relacionem. Podem causar sentimentos de inveja às menos brilhantes suscitando assim mais o receio do que a própria amizade. São frequentemente crianças ou jovens desajustados socialmente. Algumas delas poderão ter talentos especiais e outros manifestarão grandes capacidades intelectuais ou motoras.

· Hiperactividade - Ansiedade, inquietação, euforia e distracção frequentes podem significar mais do que uma fase na vida de uma criança: os exageros de conduta, diferenciam quem vive um momento atípico daqueles que sofrem de Transtorno do Défice de Atenção com Hiperactividade (TDAH), doença precoce e crónica que provoca falhas nas funções do cérebro responsáveis pela atenção e memória. De origem genética, o TDAH tem como factores predominantes, e não necessariamente simultâneos, a desatenção, a impulsividade e a hiperactividade, além de influências externas relevantes, como traumas inclusive cerebrais, infecções, desnutrição ou dependência química dos pais.
No caso das crianças, o TDAH pode aparecer desde a gravidez, quando o bebé se mexe além do normal, ou durante o crescimento, no máximo até os sete anos de idade. Se a pessoa não for tratada desde cedo à base de estimulantes, anti - depressivos e terapias, na fase adulta poderá ter sintomas de distracção, falta de concentração e deficiência na coordenação de ideias ainda mais acentuadas.

Exclusão de Alunos com NEE

Actualmente, existe uma política global que consiste em separar e isolar este tipo de crianças da sociedade. Consequentemente, começam a surgir instituições especiais, como asilos, onde são colocadas as crianças devido à sua deficiência. Assim, não existem serviços que ajudam as famílias na tarefa educativa.
Quando as escolas públicas aceitam a responsabilidade de cuidar da educação destas crianças, prevalece uma prática segregacionista, que se mantém durante anos. Estas crianças, tratadas como “deficientes” são marginalizadas das classes regulares e são colocadas em classes especiais separadas das outras crianças.
Colocavam as crianças com problemas de comportamento e aprendizagem nas classes regulares, apesar de não lhe fornecerem qualquer tipo de ajuda específicas, ainda as classificavam como mal comportadas e lentas se não apresentassem progressos académicos específicos.
Integradas crianças com Trissomia 21.
Todas as crianças até aos dez anos e com Trissomia 21 encontram-se em escolas do ensino regular, o que é "um motivo de grande orgulho para a sociedade portuguesa", segundo o presidente da associação de portadores da deficiência.

(
Jornal de Notícias, Sábado, 1 de Outubro de 2005)
Crianças autistas sem diagnóstico, estudo Rastreio nacional revela que autismo é mais frequente nos Açores e na região Sul Estudo inédito revela que a maioria dos casos não está sinalizada .
(Jornal de Noticias, Sábado, 19 de Novembro de 2005)
Uma outra Necessidade Educativa Especial é o SÍNDROME DE DOWN - Trissomia 21. Esta doença é normalmente identificada á nascença e requer muitos cuidados espeicias por parte dos pais e técnicos que acompanham estas crianças.
Uma das Necessidades Educativas Espeicias é o AUTISMO. Esta é uma doença rara e grave da infância - síndrome de Kanner - autismo infantil - caracterizado por um desenvolvimento intelectual desiquilibrado.
Para aprofundar um pouco mais os conhecimentos acerca das Necessidades Educativas Especiais, aqui fica uma sugestão de leitura: NEE
"Só um currículo planeado em parte na escola pelo professor,
opcional, flexível e aberto e com objectivos em si mesmo, pode ser
adequado á variedade de alunos da escola unificada"
(Formosinho, 1987, in Alunos com NEE nas Classes Regulares)

Integração de Alunos com NEE

Foi necessária uma mudança a nível legislativo e educacional, que permitisse a estes alunos usufruírem do mesmo tipo de educação que os outros alunos.
A educação integrada é entendida como o atendimento educativo específico, para crianças/adolescentes com NEE no jardim de infancia, na escola regular ou onde estejam inseridos. Relaciona-se também com a noção de escola como um espaço educativo aberto, diversificado, individualizado.


As classes especiais e outras formas de segregação só deverão ser utilizadas quando as necessidades da criança não são satisfatórias num ambiente que estejam crianças 'normais', mesmo com recurso a apoios e serviços suplementares.

Objectivos:

  • Contextualizar as crianças com Necessidades Educativas Especiais e procurar conhecer a realidade social destas mesmas crianças, bem como os aspectos legais existentes;
  • Reflectir sobre o tema e contextualizá-lo na nossa sociedade;
  • Dar a conhecer o contexto das Necessidades Educativas Especiais e oferecer um espaço para crítica e discussão aberta do assunto em análise

Identificação de Crianças com NEE

O processo de identificação de crianças e alunos com Necessidades Educativas Especiais nem sempre se reveste do rigor necessário.
Muitas crianças com dificuldades de aprendizagem são acusadas injustamente pelos pais e técnicos de serem 'mandriões'. Como resultado, estas crianças têm grande parte das vezes baixos níveis de auto-estima e de auto-confiança, conduzindo assim á falta de motivação, ao afastamento, a crises de ansiedade e de stress e até de depressão.
A falta de interiorização dos conceitos de Necessidades Educativas Especiais, a insuficiência de técnicos adequados a estas necessidades, o contexto familiar, escolar a social, constroem a imagem destas crianças, em que, por vezes, são apressadamente rotuladas de deficientes.